Agradecimento

Senhores grevistas muito obrigado.
Obrigado, por não haver transito esta manhã.
Obrigado, por terem parado alguns  transportes.
Obrigado, por haver serviços minimos...
Obrigado, por me terem deixado vir trabalhar neste dia e enquanto voçês estão a gozar um merecido dia de descanso  não me  chatiando a cabeça...

Gosto tanto de greves assim; poder atravessar o Tejo num barco quase só para mim é um luxo!!!!
Pode ser assim todos os dias, continuem  a descansar, fiquem no quentinho do vosso lar...
Aproveitem o dia e vão á praia apanhar um solinho.
Não se preocupem que há sempre uns palermas a trabalhar para voçês! 

-Só uma coisinha mais;  da próxima vez avisem os otários que gostam de trabalhar que vai haver serviços minimos garantidos; que é pró pessoal não ir tão cedo tentar apanhar os transportes e fazerem ainda mais figura de "otários".Ok?
Tenham um bocadinho de pena da classe trabalhadora.

Desde já, o meu agradecimento.

As minhas raizes

Por umas horas reencontrei-me com as minhas raizes, com a casa de tantos verões e natais, com as ruas de calçada romana, com ribeiros e fontes cheias de água.

Encontrei campos verdinhos e animais contentes a pastar, terras cheias de vida que a água transforma. Campos que eu já não via assim á muitos anos. 

Encontrei caras cheias de sabedoria, queimadas pelo sol e pelo frio, gente genuina e rara que dá o que tem em casa com a melhor vontade deste mundo e fica ofendido se não aceitamos, como se aquele pão ou aqueles bolinhos não prestassem.  

Foi uma visita curta mas muito boa e não fosse o preço da gasolina e das portagens iria lá muitas muitas mais vezes...

Voltei ás minhas raizes e vim de lá com o coração quente. 

A minha horta

Nos ultimos tempos, todo o pouco tempo livre tem sido dedicado á minha horta.

È bom ver nabiças , espinafres, couves e tudo resto  a crescer de semana para semana. O tempo tem ajudado e muito; as couves do Natal já começaram a ser comidas. Os amigos e familiares já não compram legumes - veem á horta do ladrão abastecer a despensa.

Os amigos engravatados não gostam é muito da ideia de ter de arranjar a hortaliça - estavam habituados a comprar embalagens com os legumes lavados e prontos a usar... estas coisas dão trabalho!!!

Tenho uns vizinhos de idade que ao passar por aqui me vão pedindo para lher vender as hortaliças e ficam contentes quando lhes peço para entrar e escolherem o que querem levar - gostam de meter as mãos na terra e por momentos voltam á infancia passada no Norte; "Os novos não gostam de sujar as mãos" e estranham ver -nos a nós  a catar urtigas. O dinheiro vai dando para as sementes e para a água, mas não paga de maneira nenhuma o trabalho . Ser agricultor em portugal não compensa.

Tenho visitado alguns blogs de hortas,  poucas há na zona de Lisboa como a minha, mas vejo na feira quando vou comprar plantas e sementes bastante gente nova interessada em dar um uso mais util aos jardins e varandas e até já há quem plante alfaces nos vasos de flores com bastante sucesso. Nos blogs tenho aprendido coisas importantes a nivel de aproveitamentos de água e conservação  e até como aproveitar os talos dos legumes que antes iam para o compostor e agora terminam migados na frigideira como uma deliciosa entrada.

Definitivamente ter tido a coragem de me aventurar em plantar um terreno que estava vazio, cheio de ervas mesmo ao lado de casa foi das melhores coisas que fiz nos ultimos tempos. Dá muito trabalho e exige atenção, mas o prazer de ver uma cesta cheia de "comida" cuidada por  mim ou ouvir os eleogios de quem por aqui passa  compensa tudo. 

Aos Senhores dos Transportes...

A brincadeira está na hora de acabar...

O povo está farto das vossas greves parvas que só prejudica quem ainda tem um trabalhinho....

O povo não quer brincar mais com voçês, parem de se ajudar mutuamente com este ora faço eu greve, ora fazes tu....

Se querem fazer uma coisa bem feita, façam-na á séria, parem um mês, um ano; isto não leva a nada, só ajuda  quem voçês querem atingir e prejudica quem vos dá trabalho...

Parem. 

Há muita gente que precisa de dar pão aos filhos e voçês estão a prejudica-los.

Não queiram ver o povo a brincar a sério com voçês!!!

Pesadelos / sonhos realizados

Depois do baque de mais austeridade que o nosso 1º anunciou, definitivamente a calculadora  será cada vez a nossa aliada nº 1.

Mas o mundo não pára, e para quem tem filhos a começar mais um ano escolar esta altura é terrível em matéria financeira. Há que tentar dar a volta á situação e entre livros emprestados e material do mais barato com o mínimo de qualidade, os gastos vão avançando.

 A luta entre escolher o que se pode comprar e o que gosta /está na moda, é dura , mas tenho a sorte, de que é por gostos e não por marcas… comprar uma mochila  barata de aspecto duradoiro e ao gosto da estudante foi conseguido, depois de nós termos insistido com ela para comprar uma mais cara de que ela não gostava. Tivemos de dar o braço a torcer; ganhou ela e ganhamos nós.

O calçado é outro drama cá em casa. Há lá maior aventura do que arranjar calçado acima do 40 para uma miúda? E só estou a falar de calçado tipo desportivo.

Não gosta , não serve, está apertado! Horas a tentar descobrir algo que sirva no pé (e na carteira ).

- Senhores fabricantes de calçado; Sabiam que em Portugal já muita mulher de pé grande ?  Os senhores que fazem calçado com tamanhos grandes para toda a Europa, que tal lembrarem-se de explorar este nicho de mercado cá? Sim que nós também já somos gordos e  patudos!

No final das compras o pai reparou numas camisolas quentes com capuz para o inverno que estavam em saldo.  As cores eram giras o preço ainda melhor e os miúdos usam-nas muito na escola e havia tamanhos grandes. Depois de experimentadas – venham de lá duas camisolas: uma para a filha e outra para o pai, para meu espanto! Para o pai?

A explicação dada foi a seguinte:

- Sempre quis ter uma camisola destas , mas para o meu tamanho eram  sempre muito caras para o uso que eu lhes dava .

- Finalmente realizei o sonho de ter uma camisola destas  assim, á "gandim". Dizia-me todo feliz.

Estou tentada a comprar uma camisola destas para mim também – passava-mos a ser uma família de “GANDINS”.

È bom, ainda  podermos realizar sonhos por muito pequenos que sejam.

Uns dias diferentes

Este ano reparti as minhas férias  por terras do sul de Espanha e a visita do costume á aldeia.

 Fizeram-me a surpresa de marcar uns dias num hotel com acesso direto á praia  e gostei.  Bem analisadas as coisas não é muito diferente da Costa ou do Algarve , a atitude dos espanhóis é que , isso sim é muito diferente. Tudo limpinho e arranjado com lava pés e duche a cada saída de praia. Um passeio marítimo de kilometros que dava bem para digerir o jantar bufet do hotel e conhecer a zona – sempre com tudo muito organizado e limpo Se tivesse areia branca  e um pouco de mais animação eu diria que tinha sido perfeito! No hotel havia sempre musica,  flamenco, ou algo parecido. Eu e a minha família passamos sempre por espanhóis – o que me irritava solenemente, por outro lado se no hotel se apercebiam que éramos portugueses olhavam-nos com aquele desprezo de pobrezinhos que também não gostávamos. Os nórdicos estavam em maioria e estranhamente  espanhóis e russos  também havia muitos, nós deveríamos ser dos únicos portugueses naquela zona.  Foi diferente passar uns dias sem ouvir falar a nossa língua materna a não ser entre nós! Até a tv do quarto tinha muitos canais e claro 0 em português. Gostei muito das estradas espanholas e sobretudo do facto de não pagar portagens nos cerca de 350km do sul de Espanha que percorremos. Eu se fosse espanhol não vinha ao Algarve, neste momento não compensa de maneira nenhuma, mal se entra em V.R. Stº António é logo a pagar e não é pouco.

Que saudades que eu já tenho daquelas águas quentes, num dia tomei mais banhos de mar do que em vários anos de Caparica.

Rumei uns dias, á aldeia da família para a visita anual, desta vez cheguei lá sem qualquer pingo de emoção – parece que cada vez menos pertenço lá ou querem que eu não pertença lá. Não me senti bem vinda, só porque devo ser das únicas que questiona as coisas, refila e procura respostas quando me estragam o que é meu. Pareceu-me ouvir constantemente ” tu não vives cá , nós fazemos o que queremos e tu tens de comer e calar”. Todos têm algo a dizer, mas ninguém faz nada.

Uma zona com tantas potencialidades e quem lá vive apenas quer ir para Lisboa, o interior cada vez mais isolado e envelhecido e o tempo lá custa tanto a passar!!!

 Sai de lá emocionada, pois não sei se lá voltarei com a minha mãe – sinto que  os problemas de saúde e a idade já pesam muito e a casa começa a não ter condições para ela. Espero estar enganada!

Estas estão a ser umas férias diferentes, vou tentar carregar mais as baterias porque não se avizinham tempos fáceis.

É Chocante, mas é real

Há histórias que nunca queremos que sejam verdade, e ouvidas de certas pessoas diriamos que eram pura mentira.

Contadas da boca dos afectados tomam uma dimensão de " não pode ser verdade", mas podem acontecer aos nossos mais chegados.

- O que leva uma mãe a abandonar um filho?

O  marido, eu até entendo. Deixou de gostar dele e arranjou outro, acho muito bem! Cada um vai á sua vidinha.

- Como se explica o abandono de uma criança por uma mãe que até era considerada excessivamente protetora ?

Derepente a fulana diz ao marido, " fica com tudo até com o filho" e repetiu a dose em tribunal.

Atitude rápida, determinada e eficiente!

Eu sei que há animais que rejeitam os filhos, que há pais que pelos mais variados motivos se veem obrigados a ficar longe deles ou dá-los para adopção...

Agora,  uma mãe que vive durante vários anos num casamento "feliz" com um filho e derepente  resolve partir para outra relação e deixa um filho para trás como se fosse um objecto sem qualquer significado!!!!!!

-  Como é possivel?

- Como é possivel que mesmo vendo a mãe só de quinze em quinze dias , a criança quando volta para casa dos avós e do pai  vem revoltada, e com o sistema nervoso completamente  alterado?

- Como vai esta criança enfrentar a adolescência se já ela é uma revoltada?

Isto leva-me a pensar que o ser humano é de facto uma grande e complexa caixinha  - há sempre alguém que nos consegue surpreender!!!!

Noticias da minha horta

A minha horta continua a produzir em grande.

 - Todas as semanas apanho courgettes, as ultimas tinham mais de 1kg cada.  

- As alfaces também estão em alta, a familia já não consegue consumi-las todas e temos dado e vendido para evitar que se estraguem.

- Os tomateiros ( cagões) estão a ficar grandes e carregados, espero no final deste mês já poder apanhar alguns para consumo. Os tomateiros cereja também estão carregados e o agricultor sénior farta-se de gozar com eles e chama-lhes tomates maricas!!!!!

- Os coentros já estão a espigar e a salsa não lhe apeteceu nascer ou então as  formigas comeram a semente! Os poejos já estão a secar e capaz de serem apanhados.

No sitio da salsa, resolvi plantar Piri-piri ; tem se dado bem naquelas terras.

- As cebolas já estão quase prontas para serem apanhadas, falta só a rama secar.

- O feijão que semeei e nem sei que qualidade é; contra as minhas expectativas vingou e está a crescer - estou curioso para ver o que vai sair dali.

- Os pimentos, pepinos e beringelas crescem lentamente e já têm flor.

- As couves ainda vão dando umas folhas para a sopa, mas já estão nas ultimas.

- As arvores plantadas, estão todas pegadas; o pessegueiro que foi o primeiro já tem um pessego pequeno mas está lá sózinho e lindo. A Arvore da maçã golden deu muita flor , mas os peros nem um. O diospereiro que julgava-mos que não tinha pegado, deu sinal de vida e está cheio de folhas e rebentos - vamos ver o que acontece neste outono. 

O meu pouco tempo desponivel agora é a horta, e até o descanso é feito á sombra de uma pereira velha  ( que está carregada de peras grandes e rijas) entre regadelas e discusões com o agricultor sénior, intervalado com dois dedos de conversa com os vizinhos que vão passando  e elogiando  a ver se lhe vai parar uma alfacezita  no regaço!!!

Isto de ver as hortaliças a crescer é muito bonito, mas agarrar no sacho ou na enxada e apanhar umas ervas dá muito trabalho, e faz doer as costas!

Centros de Estudo

Depois dos colégios, há os centros de estudo que levam as crianças á escola, e ajudam nos trabalhos de casa e  preparam os miúdos para os testes.
Em  alguns centros, até fazem a papinha toda aos meninos e assim ficam todos bem vistos, e os paizinhos muito contentes com as notas que os meninos tiram. De vez enquanto aparecem uma serie de trabalhos todos iguais , mas todos fazem vista grossa á coisa que os tempos são de safanço.

O grau de exigência na escola não é grande, nem  se incentiva a criatividade! Apresenta-se uns trabalhos que mais não são do que um copy / paste de outros que já estão na net. Junta-se umas fotografias para dar exemplos e está o trabalho feito.

Todo este palavreado, para relatar uma situação no mínimo caricata e chata. Tenho a miúda num centro de estudos  com  ATL e apoio ao estudo. Existem matérias que com o avançar dos anos já não temos conhecimentos para a podermos ajudar.
O centro tem professores, para ajudar os miúdos nas diversas disciplinas e em áreas como a matemática tem sido bastante útil. Acontece que na ajuda de trabalhos que se fazem ao longo do ano a coisa não tem corrido bem…  eles corrigem, mas corrigem mal, a ponto de num trabalho feito nas férias a miúda ter tido dois problemas completamente errados . E nos trabalhos escritos, que a minha filha gosta muito de fazer em cima da data de entrega e usando o tal copy paste tem sido uma desgraça.
Esta semana estive de volta de 2 trabalhos corrigidos, onde o português em alguns parágrafos  era ilegível. Continha palavras em português do Brasil como “marron” entre outras. No mínimo, a professora do centro de estudos deveria  teria pedido á minha filha para corrigir o trabalho e voltar a mostrar-lho.
Numa semana,  estive eu duas noites até ás tantas a corrigir trabalhos que a professora do centro já tinha corrigido para a miúda imprimir e entregar no dia seguinte na escola!
O busílis da história,  é que, é sempre com a mesma professora. Gostava de saber como seria aquela senhora a dar aulas e a corrigir testes!!!
Ando eu apagar a um centro de estudos, para depois ter de corrigir  dois trabalhos feitos por duas pessoas, quando eu não tenho as qualificações que a professora tem. È o que eu chamo deitar dinheiro fora.

Vejo espaços destes a  abrir e fechar constantemente e até agora, não encontrei nenhum que realmente faça a diferença na zona onde moro. São todos particulares e não são propriamente baratos e o grau de exigência  e de estimulo aos miúdos é quase nulo . Deveriam ser o complemento que a escola não pode ser – deveriam poder chamar os pais a  participar ajudando a criar regras e bons alicerces para a formação dos miudos .
Os centros não podem ser apenas mais um depósito de miúdos onde fazem umas fichas para mostrar aos pais que fazem muita coisa lá.

Que Treta!

Ajudar como?

Na zona onde vivo mora uma família  com vários problemas, e de vez enquanto ouvem-se os gritos de uma  mãe e de um  filho adulto.

Todos os vizinhos sabem que ali há vários problemas , sobretudo quando há  bebida e substancias  misturadas na mesma família.

Alguns meses atrás a gritaria  e pedido de socorro da mãe foi de tal ordem que alguns  vizinhos foram em auxilio da senhora, depois de verem uma  divisão da casa a arder.  O filho estava “passado” e quando as pessoas se aproximaram começou a amaldiçoar a vizinhança toda a ponto de pontapear quem se abeirá-se do portão da casa.

Chamou-se a policia.

A policia  apareceu e primeiro falou com os vizinhos, depois, de muito insistir conseguiu  falar com a mãe que NEGOU tudo! Não se passou nada, foi tudo invenção da vizinhança…

A vizinhança  de vez enquanto dá por falta de objectos, desde correspondência a  coisas que desaparecem ou aparecem  estragadas por puro vandalismo; os vizinhos  são pessoas muito imaginativas, com ouvidos muito sensíveis  que ouvem discussões constantemente.

Um dia destes á noite a cena voltou-se a repetir; gritos de pedido de socorro desesperantes  ecoavam pela vizinhança.  Fui á rua espreitar e como não vi nada de especial voltei para casa  e  tapei os ouvidos, pouco tempo depois a situação acalmou.  Soube no dia seguinte que  a vizinha do lado foi tentar “ajudar” a senhora – parece que o filho estava “carregado” e lhe bateu com um ferro na cabeça  e nas pernas. Entretanto,  aparece um carro com 2 homens e mesmo de  fora do muro tascaram uma sova no filho por ter batido na mãe. Tal só foi possível porque o rapaz estava sem forças e fora de si.

O busílis desta história, é que tanto a vizinhança como os  homens quiseram chamar a policia de novo, mas a mãe não deixou – quer ajuda , mas  não quer que o filho vá preso!!!!!

Quanto aos vizinhos? Já fizeram o que podiam; a policia tem conhecimento da situação mas não pode fazer nada porque não há flagrante dos actos… e o filho vai continuar a apropriar-se do alheio e a estragar …

O meu receio é que um dia,  aquele filho criado pela a vontade suprema de uma mulher em ser mãe e estando sob um efeito  qualquer  a mate!

A pergunta  agora é: Como ajudar esta mãe que não quer ser ajudada?

Encontrei

Encontrei um pequeno texto que me diz muito .

" ALGUMA VEZ PENSASTE
DE ONDE VÊM OS TEUS SONHOS?

OLHA Á TUA VOLTA...
AQUI É ONDE SÃO FEITOS" 

Está tudo aqui.

Os sonhos é o que nós fazemos , as opções que tomamos. 

O sonho é a vida. 

(O sonho ás vezes é uma merda, há que aprender a sonhor de novo.)

Festas de Anos

13 anos.

Lá por casa temos uma adolescente, gira, enorme, muito opinativa, uma melga do caraças e cheia de atitude.

Com o tempo incerto, resolvemos experimentar fazer uma festa diferente fora de casa com almoço e cinema incluídos.

Demos-lhe carta branca na escolha do grupo  de amigos com indicação do restaurante  e filmes que poderia escolher; arranjando-se  um grupo de 6 miúdos engraçado.

O almoço nos hambúrgueres correu bem podendo os miúdos escolher a menu  que quiseram; já a escolha do filme teve de ser a votos, ganhando a maioria.

Enquanto se esperava pelo inicio do filme as meninas deram uma volta pelas lojas de roupa do centro comercial, enquanto os rapazes miravam as lojas de tecnologias ; nesta  idade os sexos já tem gostos muito diferentes!

Foi uma tarde bem passada para os miúdos sem incidentes e com o inicio de ganho de responsabilidade – foi sozinha pela primeira vez ao cinema com os amigos e teve sempre a preocupação de não escolher muita gente porque íamos gastar muito dinheiro…. ( Adorei a preocupação dela e ainda tenho nos ouvidos a frase dela – Isto no total é muito dinheiro , eu não me importo de convidar menos  amigos…)

Uma festa destas não fica barata  porque pagamos tudo ; mas sei que é habito os miúdos juntarem-se para um aniversário e cada um paga o seu. Pessoalmente não concordo, mas aceito perfeitamente e é mais um meio de os miúdos estarem uma tarde juntos. Se tivesse feito em casa teria sido muito mais barato, mas não lhe tinha proporcionado a experiência de estar sozinha  e ter ganho responsabilidade.

A situação engraçada aconteceu no intervalo do filme; um dos meninos resolveu ir espreitar o wc das meninas para ver se a amiga saia… Um senhor de idade aproximou-se por trás e diz-lhe: “ Oh meu malandro, vê lá se queres levar um puxão de orelhas?” ao que ele muito atrapalhado respondeu “ -Não, não; muito obrigado” raspando-se para  juntou do resto do grupo.

Eu adorava ter assistido a esta cena.

Escolas - DTs / Pais. A falta de interacção.

Mais um dia de reunião de pais em muitas escolas ;  mas nesta reunião tinha uma expectativa acrescida…

A minha cria foi vitima de uma situação de bulling por parte de uma colega de turma desde o inicio do ano, chegando a agressão física. , conforme escrevi  por aqui.

A situação acalmou desde que eu falei com a chavala e assim se mantem.

Na reunião conheci o pai da criatura e confesso que tinha a esperança que o senhor se dirige-se a mim, nem que fosse para me pedir satisfações… a final de contas eu dei um sermão á filha dele! Só que o senhor não me deu o prazer de tal conversa, pois esteve o tempo todo da reunião a mexer no telelé , ficando no final da reunião de falar com a DT  - ele e mais alguns pais cujos filhos tinham plano de recuperação.

Quando a reunião terminou eu fui falar com a DT no sentido de lhe avivar a memória para a situação deixando bem claro que a pesar da coisa ter acalmado, nós, pais da agredida,  continuávamos em alerta e que não iríamos deixar passar em branco mais nada. A resposta  da DT foi  esclarecedora … ” A direcção da escola já tem conhecimento de um caso de bulling nesta turma e caso surja mais alguma situação deve-me telefonar imediatamente ou falar com a direcção da escola.!”

- O.K. 

 - Quando será possivel eu falar com a DT?

 A minha  filha precisou de 1 semana para conseguir falar com ela  porque tinha de ser na aula de Formação cívica quando foi da situação da agressão! “ Nessa semana estive muito ocupada” – foi a resposta da D.T. Isto sem contar com as vezes que a minha filha se queixou a  ela desde o 1º período por causa dos nomes que a outra lhe chamava e ás quais nunca deu importância.

Durante a conversa eu ia olhando na direcção do pai da colega na esperança de que  a D.T promovesse o  diálogo porque gostava de compreender o que está por detrás de tal comportamento.

Infelizmente, a tal conversa não foi promovida e fiquei com a sensação de que a escola se está marimbar; porque se tem conhecimento não me pediu esclarecimentos ou informou de quaisquer medidas tomadas para resolver a situação. O que mais uma vez me leva a pensar, que eu agi bem ao ir falar com a miúda.

Se a escola e os professores não se sentem com capacidade para resolver certos assuntos, poderiam ao menos promover mais a intervenção dos pais em vez de os afastar .

Sinto que  os pais tentam estar cada vez mais presentes  na educação dos filhos e aparecem quando chamados, mas, parece-me é que a escola não consegue dar resposta ás questões por eles colocadas e nota-se sobretudo nas reuniões a falta de preparação dos D.T quando são confrontados sobre assuntos da turma ou da escola. 

Neste momento e depois de ter falado com a  minha filha sobre a reunião, parece que na caderneta da colega agressora, apareceram folhas rasgadas -  algo me diz que aqueles pais não tomaram ainda conhecimento do que  a filha anda a fazer…

Andamos a trabalhar para.....

A sensação que eu tenho tido ultimamente é de que agora trabalho para pagar contas de bens materiais.  Na década de 70 os  pais trabalhavam para por comida na mesa dos filhos; agora nós trabalhamos  para pagar contas de bens !!!!

È a renda da casa; a prestação do carro mais a comidinha dele; as contas da luz e da água e por fim a conta do supermercado – isto se entretanto não aparecer antes  a conta da roupa de marca e dos telemóveis xpto.  E não convém lembrar dos seguros , de certos impostos e os livros escolares.

Se antes os pais trabalhavam para dar a melhor alimentação possível aos filhos , os pais de agora querem dar o mundo e poupam na paparoca, que “agente com uns hambúrgueres safa-se”.

As prioridades das famílias definitivamente  mudaram; á geração dos vintes faltam bases para crescerem  de forma sólida.

Toca a comprar,  porque me apetece e depois logo vejo como pago!!!   

Ainda há pessoas que se podem dar ao luxo de comprar o que bem lhes apetece, mas a maioria vive neste momento de aparências e tenta a todo o custo evitar mostrar aos filhos que não tem pão para lhes dar.

Os meus avós passaram muita fome; os meus pais andaram descalços até aos 10 anos e tinham de dividir a pouca comida que havia entre todos.

Eu, já tive a sorte de poder viver numa casa onde nunca faltou pão e sopa nos momentos piores.

Os filhos da minha geração neste momento têm no futuro uma grande incógnita e falta-lhes as armas e a vontade para lutar.

Estamos de volta  a uma situação cíclica que eu  e mais alguns  viveram no auge da  adolescência; a minha família passou por privações grandes com bastantes dificuldades para pagar a renda da casa e salários em atraso, conseguindo dar a volta com  as armas e força de vontade que tinham á mão.

Esta geração que agora está a terminar  cursos para além de não ter perspectiva de emprego, muitos já tem familiares no desemprego, casas penhoradas e estarão certamente a viver situações complicadas para quais não receberam orientação para lutar.

A geração que conseguiu ter acesso a tudo agora não consegue por comida na mesa dos filhos, mas terá certamente boas casas, bons electrodomésticos, um bom carro, e o  frigorifico vazio.

Estão cheios de teoria e falta-lhes  coragem e audácia para deitar mãos ao trabalho e aprender!

Voltarão os nossos filhos ás hortas para terem o que comer? Haverá ainda quem os ensine?

UMA AVENTURA NUMA GRANDE SUPERFICIE

(imagem retirada da net)

A ida ás lojas grandes não é o passeio favorito cá de casa , mas como precisamos de comer e c@g@r todos os dias, de vez enquanto tem mesmo de ser.

A história que aqui relato aconteceu recentemente e é tão parva, mas, que pode servir  de alerta para quem aqui passe.

Fui fazer compras de frescos , mas o objectivo era aproveitar o dinheiro em cartão e comprar um tacho que precisava numa grande superfície. 

O carrinho já cheio dos frescos e fui em busca do tacho;  encontrei o que queria ; verifiquei preços, e aqui começa a aventura…

Estranhei que o tacho mais pequeno fosse mais caro que o meu,  que era o tamanho acima; fui á maquina confirmar preço e voilá –   6 euros a mais em relação á etiqueta! Confirmei a referencia na etiqueta  com a do tacho e tudo certo. Agarro no tacho e na etiqueta do preço ( já a prever confusão) e ala para pagar na caixa com o pensamento de que ia haver chatice e da grossa.

Esperei que a menina (estúpida que nem uma porta) passa-se o tacho na caixa e e olho para o ecrán e  alto ai. - Não é esse o preço que está lá  marcado .Ao que  a "menina" responde: O preço está correto. Tiro a etiqueta da carteira e mostro-lha. -  Ai está? – O Cliente não pode tirar as etiquetas dos produtos; respondeu-me a "menina" com uns modos que se fosse minha filha já tinha uma lambada em cima .  – Temos empregados para verificar os preços. Continuava ela com arrogância e as pessoas não são máquinas, blá, blá. E eu com vontade de a mandar á m@@da.

Pois é, mas este cliente já ia sendo enganado nesta loja várias vezes em pequenas  coisas, agora ai sendo em grande. “A coisa” agarra no telefone e falou com alguém   que não se dignou a aparecer tal era a infração deste cliente. E  claro,  paguei o preço que estava marcado na etiqueta.

O que teria acontecido se eu não tivesse tirado a etiqueta?

Não tenho duvidas de que uns minutos depois ia aparecer uma menina como papel com o preço igual ao da caixa. No meio de disto houve um bate boca desagradável e fiquei com menos vontade ainda de voltar àquela superfície.

Os donos destas superfícies não fazem compras? Não vêem que tipo de pessoas  dão a cara pela empresa deles. Compreendo que estes miúdos apanham com todo o tipo de gente,  e deve ser um trabalho monótono e que ganham muito mal… mas uma palavra de atenção, uma forma de falar mais correta as coisa ter se iam resolvido melhor e eu ficaria com  vontade de lá voltar.

 Por uma questão de pura  falta de tempo não pedi o livro de reclamações. Era caso para o fazer não só pelo atendimento com pelo erro na etiqueta .

Por estes erros nas etiquetas quantas pessoas não são levadas no engano e compram coisas que acham que estão com bom preço e depois na caixa são enganadas , pagando dezenas de cêntimos e até euros a mais? Não tenho duvidas que estes senhores dos grandes supermercados  á conta destes pseudo enganos ganham milhares por dia!

Detesto ser enganado, ou que me façam de parvo!

União Feminina !!!!

Quando uma mulher tenta ajudar outra mulher a encobrir uma situação chata; á sempre uma mulher idiota á espreita para lixar as outras duas e assim mostrar a sua malvadez.

Hoje!!!!

Ao sair de casa para enfrentar mais  um dia  estupido e penoso de greves passei pelos vasos dos poejos acabados de regar.

Havia um cheiro no ar!!!!!

Logo á noite para o jantar, acho que vou fazer uma açorda daquelas á "pobre"; com muito pão, azeite, alhos e poejos.

Conversas da Horta

Quando duas gerações de agricultores se juntam na partilha da mesma terra, surgem pequenas quezílias. Bate-boca saudáveis que animam o tempo enquanto se apanham umas ervas , se dá uma regadela e se ajudam mutuamente.

- Agricultor sénior para o aprendiz : - Eu até tenho vergonha de dizer que aquilo ali é seu, digo que foi uma criança que andou a brincar aos canteiros…

- Aprendiz: - Você tem é inveja. Eu sou tão bom nisto, que  semeio nabiças e nascem grelos!!!

Agricultor Sénior: Inveja,  eu? Você queria era ter a minha auto – estrada de cebolo. ( cerca de 1000 pés contra os 150 do aprendiz)

E assim, se passam estas tardes quentes de fim de semana em que duas gerações e ás vezes três,  se juntam á mãe terra e fazem dela nascer novas vidas.

Toc, Toc, e agora?

Quando determinada situação de que já ouvimos falar nos bate á porta; o que fazer?

Esta é  a questão neste momento!

Desde o inicio do ano escolar que se queixa que uma colega de turma a trata mal, chama-lhe nomes e já chegou a agride-la. Temos ouvido e aconselhado para ignorar a tal criatura, afastar-se até.

Temos ouvido e escutado as queixas, mas não  somos nós que lidamos com a criatura todos dias na mesma sala; sabendo que a todo o momento nos pode ofender ou bater só porque lhe apetece.

Já falou com um professor que a mandou resolver o assunto com a colega!

Recentemente numa visita de estudo a colega voltou á carga, desta vez dando-lhe uma estalada sem motivo nenhum ( anda cá e toma), á qual a minha respondeu com uma canelada.

Ficou a chorar (a minha  miúda é de choro fácil ), e assim a outra deve ter ficado feliz, porque conseguiu estragar o passeio á minha.

À noite quando a fui buscar ela contou-me o que se tinha passado e  contra os meus princípios resolvi intervir.

Fui ter a  colega e pedi-lhe eu satisfações… Teve a lata, de me dizer que é tudo na brincadeira, que trata assim os amigos e que a estalada foi tudo a brincar. Mandei-a descarregar as frustrações dela num saco de boxe com indicação de deixar a minha filha em paz, não precisa ser amiga dela… blá bla´, bla´- dei-lhe um sermão daqueles que ela com certeza esqueceu na hora.

O meu medo neste momento, é que a miúda volte á carga de forma ainda mais agressiva, mas, a minha filha que no inicio era contra eu ir falar com a outra ( os adolescentes não gostam que os pais se metam), ficou feliz; acho que sentiu o apoio de que precisava.

Não sei até que ponto isto será bulling, mas bem pode ser o inicio.

É assustador que numa turma aquela criatura tenha escolhido logo e só a minha filha para sovar!!!

Porquê?

Não encontro motivo para tal!

Será que a minha filha lhe fez algo? Tem algo que ela gostaria de ter? É mais bonita? È mais inteligente do que ela?

O que fazer numa situação destas? Falar com os professores? Falar com os pais dela?

Concordar que a minha filha deve bater e chamar nomes como resposta  quando acho que isso está errado?

Precisam-se respostas.

Ainda a minha horta!!!

È viciante esta coisa da agricultura.

A minha pequena horta está bonita e a germinar vida,  e eu a descobrir coisas para a melhorar, e até reaproveitar outras que andava a desperdiçar.

Graças á falta de chuva aderi inconscientemente ao aproveitamento de águas, vendo a cara metade a encher garrafões de água que normalmente ia cano abaixo, começando eu também a aproveitar todas as gotas do precioso liquido. Não fazia ideia do desperdício que uma família  faz só em lavagens de legumes e afins.

Descobri recentemente que as borras de café são um belo adubo e comecei a aproveitar todas as cápsulas , inclusive os amigos aproveitam as deles para me dar….   

Sinto que me estou a tornar mais ecológico ao trabalhar este pequeno hobbie de forma o mais natural e biológica possível. No inicio da minha plantação tive de usar um produto químico para afastar a  lagarta que era ás centenas, mas fui descobrindo que  certas culturas afastam os bichinhos e fui ouvindo sugestões, seguindo alguns conselhos – tenho estado a aprender!

Acabei  de plantar alface roxa e repolhuda; a roxa tem-se mostrado mais resistente ao frio…

No meio disto tudo, há uma coisa que me incha o ego. Em casa agora só  querem  comer salada ( alfaces) de for da minha cultura – não é da horta do Ladrão não presta… não tem sabor. As minhas alfaces não tem aquele aspecto bonito das de estufa ( compra) e até as roxas afastam certas cabecinhas ignorantes, mas basta  provarem uma vez e ficam rendidos! Até os miúdos,  que são os críticos mais acérrimos nisto de saladas adoram a salada de alface “preta”- “ tem sabor”!!!

Se eu pudesse....

Mandava certas sogras, dar uma curva muiiiiiiiiittttttttooooooooo grande!

Desabafos

Hoje, estou assim pró lixado!

Para além de não chover, o que prejudica em muito a minha actividade horticula, ando farto do frio.

Ainda por cima, hoje não vou conseguir ver o meu benfica, o que me deixa ainda mais chateado!

Para ajudar á festa o centro de estudos que dá apoio á cria lá de casa vai fechar segunda e terça! E como nós vamos  trabalhar, não sabemos o que  fazer. Até parece que a crise  e certas informações não chegam a todo lado! " Está no regulamento do centro."  - Terça tambem era suposto não trabalhar e as coisas mudam. " Mas nós mantemos esta regra". Ai o tanas...

- E agora o que é que nós vamos  fazer?

Não queria chatear as avós, mas não vejo alternativa.... Só espero  que não tenham nenhuma  consulta marcada para este dias.

Pensando bem , eu com a idade dela já ficava sózinho em casa dias inteiros...

E não há meios de chover!!!!!

È muito estudo!!!! E muita Irresponsabilidade!

- Como é possível haver gente ( miúda de 24 anos) que chega com 1 hora de atraso a uma entrevista de estágio de emprego. Entrevista marcada com vários dias de antecedência!

- Como é possível ir para uma entrevista sem levar a morada, sem saldo no telemóvel; penas com o nº do escritório para o qual não podia ligar!

- Como é possível pedir ajuda a um velhote para ligar do telemóvel dele a perguntar a morada da entrevista,   e depois combinar com o velhote que não se conhece de lado nenhum um cafezinho no fim da mesma? ( não ficou com o nº do senhor)

Acho assustador a falta de sentido prático e responsável desta gente que acabou de tirar um curso superior com notas muito bonitas no papel, mas que depois nas coisas mais básicas estão completamente a leste!!!!

Sabem usar a ultima tecnologia, mas ponham-lhe uma vassoura á frente que eles não sabem o que é. Se por acaso uma lâmpada se funde, compra-se um candeeiro!!!

È assustador a falta de conhecimentos práticos da maioria  dos jovens até aos 25 anos; muitos deles podiam aproveitar o tempo livre para aprenderam algo de diferente, mas parece que é moda ser doutorado em ignorância prática e passar férias no Algarve!!!!

Parece que é uma vergonha saber  fazer certas coisas!!!!

A minha esperança é que com a crise as coisas  comecem a mudar e a malta nova se faça á vida.

Um hobbie chamado horta

A minha horta continua linda e a crescer.

Já arranquei as nabiças todas e  finalmente provamos os brócolos.

As couves portuguesas plantadas em Novembro que supostamente seriam  para ser comidas no Natal, estão só agora no tamanho certo para serem apanhadas e comidas.

Tive azar com a semente dos espinafres, num pacote inteiro só consegui ter para uma sopa; ontem lavrei a terra e semeei outra vez, mas agora optei pelo espinafre francês – veremos se tenho mais sorte...

Os morangos que plantei estão bonitos, veremos se aquilo vai dar algum fruto!

 O cebolo também já está pegado e contra a minha vontade tive de semear feijão!!! Um amigo meu, que acha piada ao agricultor de gravata armou-se em engraçadinho e numa visita á minha horta quis contribuir com um pacotinho de sementes de feijão!!! Resultado: tive de expandir a coisa.

O problema agora  é a falta de água, sem chuva as plantas não crescem e a água da rede é muito cara. Temos tentado reaproveitar toda água de casa das lavagens das hortaliças , dos banhos e até do desumidificador – vai toda para garrafões. E quando chove os baldes  e todo o vasilhame disponível entram em acção.

Parece mentira , mas em 2 dias só em lavagem de legumes  aproveitamos em média 3 garrafões de água; e por cada 2 banhos encho 1 garrafão de água fria que ia cano abaixo e assim é reaproveitada.

Estamos entusiasmados com a nossa pequena produção agrícola, tornou-se um hobbie engraçado e temos aprendido bastantes coisas. È bom mexer na terra  e ver as plantas a crescer. È muito bom reciclar  e aproveitar coisas que antes iam para o lixo. Agora até o café usado vira adubo.

E todos os dias tenho de a ir ver, arrancar umas hortigas, dar uma regadela, ou simplesmente apanhar uma alface para o jantar.

Era uma Vez.....

(imagem retirada da net)

Era uma vez, uma menina de 12 anos que foi para o 7º ano numa escola  nova com alunos muito mais velhos. Conheceu novos colegas, com ideias novas e vanguardistas, ela vê-os a sair da escola nos intervalos ; a fumar e a beber. Sonha ser igual a eles; sonha fazer parte do grupo deles!!!!! Não quer ser Betinha.

Queixa-se constantemente que é a única que faz a cama e ajuda nas tarefas domésticas, as colegas não fazem nada - todas tem  mulher a dias e que os pais também deviam ter…

È uma miúda do mais desorganizado que há; num dia afirma convictamente que tem  os tpc`s todos feitos – um dia depois á noite lembra-se que tem um trabalho para entregar no dia seguinte que já estava marcado á vários dias!

Tem de ser diariamente lembrada  das rotinas de higiene pessoal e perde-se com frequência na observação do que a rodeia e por consequência demora horas a fazer uma coisa que normalmente demoraria 10 minutos…

Agora está na onda do não gosto de estudar; está farta dos livros! Consegue ser boa aluna á custa do muito apoio dos pais.

Recentemente, entusiasmou-se em aprender a cozinhar,  e ao passar pela cozinha  ouviu dizer a “sopa deve estar cozida”, silenciosamente  tomou a iniciativa de abrir a panela de pressão que estava a ferver com tampa fechada e o lume aceso!!!! Ao ver a cena, ouviram-se gritos e salvou-se a situação a tempo.

Por sorte, havia uma mãe por perto  para resolver o assunto.

Era uma vez...o mundo da adolescência, e ainda vamos no principio!