quinta-feira, 19 de abril de 2012

Escolas - DTs / Pais. A falta de interacção.

Mais um dia de reunião de pais em muitas escolas ;  mas nesta reunião tinha uma expectativa acrescida…

A minha cria foi vitima de uma situação de bulling por parte de uma colega de turma desde o inicio do ano, chegando a agressão física. , conforme escrevi  por aqui.
A situação acalmou desde que eu falei com a chavala e assim se mantem.
Na reunião conheci o pai da criatura e confesso que tinha a esperança que o senhor se dirige-se a mim, nem que fosse para me pedir satisfações… a final de contas eu dei um sermão á filha dele! Só que o senhor não me deu o prazer de tal conversa, pois esteve o tempo todo da reunião a mexer no telelé , ficando no final da reunião de falar com a DT  - ele e mais alguns pais cujos filhos tinham plano de recuperação.
Quando a reunião terminou eu fui falar com a DT no sentido de lhe avivar a memória para a situação deixando bem claro que a pesar da coisa ter acalmado, nós, pais da agredida,  continuávamos em alerta e que não iríamos deixar passar em branco mais nada. A resposta  da DT foi  esclarecedora … ” A direcção da escola já tem conhecimento de um caso de bulling nesta turma e caso surja mais alguma situação deve-me telefonar imediatamente ou falar com a direcção da escola.!”
- O.K. 
 - Quando será possivel eu falar com a DT?
 A minha  filha precisou de 1 semana para conseguir falar com ela  porque tinha de ser na aula de Formação cívica quando foi da situação da agressão! “ Nessa semana estive muito ocupada” – foi a resposta da D.T. Isto sem contar com as vezes que a minha filha se queixou a  ela desde o 1º período por causa dos nomes que a outra lhe chamava e ás quais nunca deu importância.

Durante a conversa eu ia olhando na direcção do pai da colega na esperança de que  a D.T promovesse o  diálogo porque gostava de compreender o que está por detrás de tal comportamento.
Infelizmente, a tal conversa não foi promovida e fiquei com a sensação de que a escola se está marimbar; porque se tem conhecimento não me pediu esclarecimentos ou informou de quaisquer medidas tomadas para resolver a situação. O que mais uma vez me leva a pensar, que eu agi bem ao ir falar com a miúda.

Se a escola e os professores não se sentem com capacidade para resolver certos assuntos, poderiam ao menos promover mais a intervenção dos pais em vez de os afastar .
Sinto que  os pais tentam estar cada vez mais presentes  na educação dos filhos e aparecem quando chamados, mas, parece-me é que a escola não consegue dar resposta ás questões por eles colocadas e nota-se sobretudo nas reuniões a falta de preparação dos D.T quando são confrontados sobre assuntos da turma ou da escola. 

Neste momento e depois de ter falado com a  minha filha sobre a reunião, parece que na caderneta da colega agressora, apareceram folhas rasgadas -  algo me diz que aqueles pais não tomaram ainda conhecimento do que  a filha anda a fazer…

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Andamos a trabalhar para.....

A sensação que eu tenho tido ultimamente é de que agora trabalho para pagar contas de bens materiais.  Na década de 70 os  pais trabalhavam para por comida na mesa dos filhos; agora nós trabalhamos  para pagar contas de bens !!!!
È a renda da casa; a prestação do carro mais a comidinha dele; as contas da luz e da água e por fim a conta do supermercado – isto se entretanto não aparecer antes  a conta da roupa de marca e dos telemóveis xpto.  E não convém lembrar dos seguros , de certos impostos e os livros escolares.

Se antes os pais trabalhavam para dar a melhor alimentação possível aos filhos , os pais de agora querem dar o mundo e poupam na paparoca, que “agente com uns hambúrgueres safa-se”.

As prioridades das famílias definitivamente  mudaram; á geração dos vintes faltam bases para crescerem  de forma sólida.
Toca a comprar,  porque me apetece e depois logo vejo como pago!!!   
Ainda há pessoas que se podem dar ao luxo de comprar o que bem lhes apetece, mas a maioria vive neste momento de aparências e tenta a todo o custo evitar mostrar aos filhos que não tem pão para lhes dar.

Os meus avós passaram muita fome; os meus pais andaram descalços até aos 10 anos e tinham de dividir a pouca comida que havia entre todos.
Eu, já tive a sorte de poder viver numa casa onde nunca faltou pão e sopa nos momentos piores.
Os filhos da minha geração neste momento têm no futuro uma grande incógnita e falta-lhes as armas e a vontade para lutar.
Estamos de volta  a uma situação cíclica que eu  e mais alguns  viveram no auge da  adolescência; a minha família passou por privações grandes com bastantes dificuldades para pagar a renda da casa e salários em atraso, conseguindo dar a volta com  as armas e força de vontade que tinham á mão.

Esta geração que agora está a terminar  cursos para além de não ter perspectiva de emprego, muitos já tem familiares no desemprego, casas penhoradas e estarão certamente a viver situações complicadas para quais não receberam orientação para lutar.
A geração que conseguiu ter acesso a tudo agora não consegue por comida na mesa dos filhos, mas terá certamente boas casas, bons electrodomésticos, um bom carro, e o  frigorifico vazio.
Estão cheios de teoria e falta-lhes  coragem e audácia para deitar mãos ao trabalho e aprender!
Voltarão os nossos filhos ás hortas para terem o que comer? Haverá ainda quem os ensine?

domingo, 1 de abril de 2012

UMA AVENTURA NUMA GRANDE SUPERFICIE

(imagem retirada da net)

A ida ás lojas grandes não é o passeio favorito cá de casa , mas como precisamos de comer e c@g@r todos os dias, de vez enquanto tem mesmo de ser.
A história que aqui relato aconteceu recentemente e é tão parva, mas, que pode servir  de alerta para quem aqui passe.
Fui fazer compras de frescos , mas o objectivo era aproveitar o dinheiro em cartão e comprar um tacho que precisava numa grande superfície. 
O carrinho já cheio dos frescos e fui em busca do tacho;  encontrei o que queria ; verifiquei preços, e aqui começa a aventura…
Estranhei que o tacho mais pequeno fosse mais caro que o meu,  que era o tamanho acima; fui á maquina confirmar preço e voilá –   6 euros a mais em relação á etiqueta! Confirmei a referencia na etiqueta  com a do tacho e tudo certo. Agarro no tacho e na etiqueta do preço ( já a prever confusão) e ala para pagar na caixa com o pensamento de que ia haver chatice e da grossa.
Esperei que a menina (estúpida que nem uma porta) passa-se o tacho na caixa e e olho para o ecrán e  alto ai. - Não é esse o preço que está lá  marcado .Ao que  a "menina" responde: O preço está correto. Tiro a etiqueta da carteira e mostro-lha. -  Ai está? – O Cliente não pode tirar as etiquetas dos produtos; respondeu-me a "menina" com uns modos que se fosse minha filha já tinha uma lambada em cima .  – Temos empregados para verificar os preços. Continuava ela com arrogância e as pessoas não são máquinas, blá, blá. E eu com vontade de a mandar á m@@da.
Pois é, mas este cliente já ia sendo enganado nesta loja várias vezes em pequenas  coisas, agora ai sendo em grande. “A coisa” agarra no telefone e falou com alguém   que não se dignou a aparecer tal era a infração deste cliente. E  claro,  paguei o preço que estava marcado na etiqueta.
O que teria acontecido se eu não tivesse tirado a etiqueta?
Não tenho duvidas de que uns minutos depois ia aparecer uma menina como papel com o preço igual ao da caixa. No meio de disto houve um bate boca desagradável e fiquei com menos vontade ainda de voltar àquela superfície.

Os donos destas superfícies não fazem compras? Não vêem que tipo de pessoas  dão a cara pela empresa deles. Compreendo que estes miúdos apanham com todo o tipo de gente,  e deve ser um trabalho monótono e que ganham muito mal… mas uma palavra de atenção, uma forma de falar mais correta as coisa ter se iam resolvido melhor e eu ficaria com  vontade de lá voltar.
 Por uma questão de pura  falta de tempo não pedi o livro de reclamações. Era caso para o fazer não só pelo atendimento com pelo erro na etiqueta .

Por estes erros nas etiquetas quantas pessoas não são levadas no engano e compram coisas que acham que estão com bom preço e depois na caixa são enganadas , pagando dezenas de cêntimos e até euros a mais? Não tenho duvidas que estes senhores dos grandes supermercados  á conta destes pseudo enganos ganham milhares por dia!

Detesto ser enganado, ou que me façam de parvo!