quarta-feira, 27 de abril de 2011

Quem sou eu?


Nesta altura da vida já não sei mais quem sou ...

 
Na ficha de qualquer loja sou CLIENTE, no restaurante FREGUÊS, quando alugo uma casa sou INQUILINO, nos transportes públicos e em viatura particular sou PASSAGEIRO, nos correios REMETENTE, no supermercado (e lojas também) sou CONSUMIDOR. Nos serviços sociais sou UTENTE.
Para o estado sou
CONTRIBUINTE, se vendo algo importado sou CONTRABANDISTA. Se revendo algo, sou VIGARISTA, se não pago impostos sou SONEGADOR, se descubro uma maneira de pagar um pouco menos, sou CORRUPTO. Para votar sou ELEITOR, para os sindicatos sou MASSA SALARIAL , em viagens TURISTA , na rua caminhando PEDESTRE, se passeio, sou TRANSEUNTE, se sou atropelado ACIDENTADO, no hospital PACIENTE. Nos jornais viro VÍTIMA, se leio um livro sou LEITOR, se ouço rádio OUVINTE. A ver um espectáculo sou ESPECTADOR, a ver televisão sou TELESPECTADOR, no campo de futebol sou ADEPTO. Na Igreja católica, sou IRMÃO.
E, quando morrer... uns dirão que sou...
FINADO, outros... DEFUNTO, para outros... EXTINTO , para o povão... MAIS UM QUE DEIXOU DE FUMAR... Em certos círculos espiritualistas serei... DESENCARNADO, os evangélicos dirão que fui... ARREBATADO...

E o pior de tudo é que, para os governantes sou apenas um IMBECIL !!! E pensar que um dia quis ser EU. SIMPLESMENTE...

Recebido por email.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Para onde foi a Crise?

Dona Crise também foi de férias ?

Ora vejamos:

- Ontem teve uma tarde de folga, esta manhã encheu os supermercados todos. 
- A gasolina deve estar cara só para mim! Eu bem tentei roubar uns trocos para ir variar a paisagem, mas não consegui.
- Comprei carne de porco  porque o talho já nem tinha borrego para me vender! - Tou a aprender a disfarçar  a coisa.
- Para ajudar á festa parece que até o simulador das finanças se enganou no valor dos reembolsos !

- Será que a crise só abancou na minha barraca?

Vou ali beber um copito, que isto não está fácil!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Pescada do gato


Lá por casa fazemos  compras grandes uma vez por mês . Desta vez muni-me dos talões de desconto que o skip gentilmente ofereceu a toda a gente e lá fui para uma grande superfície. Cada vez tenho menos paciência para estes sítios, porque á filas para tudo e estão constantemente a mudar os sítios ás coisas. Lá teve de ser com muita pouca  vontade…

Nos  congelados encontrei a  pescada de tamanho pequeno/ médio e com muito bom aspecto, em promoção   ( 2 Euros KG) e como precisava de comprar peixe aproveitei … A minha companhia lá mandou a boca  de que agora com o FMI até voltamos a comer pescada do gato, e não sei… está muito barata… vamos deitar dinheiro fora… refilou até se cansar.
Fingi que não ouvi e mandei cortar 1 para cozer e 3 para fritar ( coisa que não fazia á meses) e cozinhei a dita no dia seguinte acompanhada do belo arroz de tomate e salada.
A primeira fritada a sair e a ser logo mirada  e  aprovada …. quase devorada.
 - Esta porra está mesmo boa, devíamos ter comprado mais, blá, blá, blá…

Eu lá ia ouvindo as admirações e as exclamações calada, enquanto o deixava falar sozinho e fritava o resto peixe.
Fiz um arroz  de tomate malandrinho e uma salada mista e voou quase tudo, sobrando apenas umas 4 postas de peixe que ”eu bem alto informei ir deitar fora!
– Nem penses, logo á noite eu como isso.”

A final a pescada de gato é boa!


terça-feira, 19 de abril de 2011

Partilhar Amor

Andava eu á procura de inspiração e eis que recebo esta mensagem: 

 "PERCAM 1 MINUTO A LER ISTO: Todos temos desejos de ter um carro novo, um novo telemóvel e reduzir peso. Um paciente com cancro só tem desejo de lutar contra a sua doença. Sei que 97% de vós não vai colar este post no vosso mural, mas dos meus amigos mais de 3% estou certa de que o fará. Coloca isto no teu mural em HONRA a alguém que tenha morrido de cancro ou está a LUTAR contra ele..."

"O meu filho acabou de colocar esta frase no face!
Quantos miúdos com 14 anos escreveriam isto???
Não é por ser meu filho, mas sou uma mãe orgulhosa."

Fiquei sem palavras!

Um texto forte, um gesto bonito de um adolescente, uma mãe babada.

Está aqui tudo.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Estimular



Digam lá que não é estimulante ouvir a nossa cara metade dizer esta coisa linda:

-" Passas a vida a ver o Biggest Loser e não percebo como não emagreces!"

Arghhhhh....

terça-feira, 12 de abril de 2011

Poupar / Gastar

Serão certamente as 2 palavras mais em moda no  momento.
 Uma das coisas que me faz muita confusão, é a forma com se usa o termo  poupar, que normalmente implica  sempre ter de se gastar primeiro!

Se eu disser que hoje não almocei, logo poupei os 5 € da refeição, mas se em vez de almoçar eu comer um café e um bolo, não poupei ; gastei foi menos.

Os vales de desconto também costumam fazer magia no consumo!, Os vales podem ser um pau de dois bicos; se por um lado podemos comprar produtos com desconto, logo gastamos, menos. Por outro lado incentiva-nos a consumir produtos que na maioria das vezes não precisamos naquela altura só porque pensamos que vamos poupar. Já reparam que  maioria dos talões de desconto tem um prazo de validade muito curto para serem usados?
Implicitamente dizem: Compre este produto já.

Quantos de nós não sucumbiram já, a uma promoção do supermercado daquelas tipo -  “leve 3 e pague 2” ? E depois vamos  ver e o produto  á venda em unidade fica mais barato do que se comprar-mos o pack de três!  Promoção = gastar dinheiro. Muitas vezes mal gasto!

È difícil resistir? È.
 Se abrirmos os olhos, não.

E quem não tem dinheiro não tem devaneios euristicos. Ou, supostamente não deveria ter!

Então, como podemos  poupar?

Simples. Não gastando.  Gastar apenas o necessário. Fazendo alguns sacrifícios.
Um exemplo simples: se um casal deixar de tomar um café diariamente, ao fim do mês poupa…. 30€.
Se todos os meses pusermos de lado uma nota de 20€, imaginando que não recebíamos essa quantia no ordenado, ao fim do ano serão 240€.
Este dinheiro dá muito jeito numa situação de emergência., quando temos a conta a 0 e  surge uma despesa inesperada – sabe bem ter um fundo a onde recorrer.
Mas sabe ainda melhor desfrutar destas poupanças em algo que nos dê prazer. Alguns anos atrás soube da historia de um senhor que resolveu deixar de fumar e começou a juntar  dinheiro que gastaria como se fumasse na mesma… ao fim de três anos juntou o dinheiro suficiente para comprar um carro a pronto pagamento para o filho e ainda melhorou a sua saúde.

Outra forma de gastar menos  é rentabilizarmos certos produtos  diluindo-os em água: em  certos detergentes e produtos de higiene pessoal se lhes acrescentar-mos um pouco de água não ficam tão concentrados, lavam bem ( ainda melhor) na mesma e rendem mais.
Embalagens plásticas moles de creme necessitam de uma solução um pouco mais radical: depois de bem espremidas ou quando do doseador já não sai nada,  há que as cortar e o resultado será encontrar cerca de ¼ do creme agarrado ás paredes da mesma, que de outra maneira iria parar no lixo.

Uma coisa que me faz muita confusão é a vida da aparência, o mostrar que se tem o ultimo item em moda, nem que para isso a renda da casa esteja por pagar… muitas das pessoas vivem na ilusão do mostrar, do esconder misérias, vivem com vergonha  de pedir ajuda e até de a aceitar.

Poupar / não gastar é fazer escolhas nem sempre fáceis, cortar com o supérfluo,  abdicar de pequenos luxos e descobrir que afinal até conseguimos sobreviver sem net e só  com 4 canais de TV entre outros.

Está na consciência de cada um pensar na melhor forma de rentabilizar o orçamento  mensal, fazer bem as contas, aceitar todas as pequenas ajudas, aproveitar tudo o que for possível e pensar que hoje nada está garantido! E amanhã poderá não ser um dia melhor!
 E o mais importante ; ensinar aos nossos filhos práticas que lhes permitam ter  ferramentas para em caso de necessidade eles as poderem usar.

Agora haja saúde, mente aberta e muita imaginação   para aguentar o que ai vem.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Presente = Futuro incerto

 Lembro-me de a minha família  ter atravessado um crise bem grande na década de 80, não passei fome, mas a coisa andou muito perto.

A nossa sorte era ter criação e horta no quintal – a roupa era dada ou remendada pela minha mãe, e o meu pai para além do trabalho apanhava todos os biscates possíveis – foram anos duros… que estão a voltar.
A minha família até poderá ter armas para se adaptar melhor aos próximos ventos, porque já passou por algo semelhante, mas, naquela altura havia uma esperança de melhoras que aconteceram, que agora não há. Já não há quintais com galinhas e hortas para a geração mais nova semear. E isto é que é assustador!

No cenário que se avizinha não vamos poupar, não teremos é dinheiro para gastar!

È deveras triste!

Eles vem ai

- Maria, bota água no arroz que a carne acabou!