terça-feira, 12 de abril de 2011

Poupar / Gastar

Serão certamente as 2 palavras mais em moda no  momento.
 Uma das coisas que me faz muita confusão, é a forma com se usa o termo  poupar, que normalmente implica  sempre ter de se gastar primeiro!

Se eu disser que hoje não almocei, logo poupei os 5 € da refeição, mas se em vez de almoçar eu comer um café e um bolo, não poupei ; gastei foi menos.

Os vales de desconto também costumam fazer magia no consumo!, Os vales podem ser um pau de dois bicos; se por um lado podemos comprar produtos com desconto, logo gastamos, menos. Por outro lado incentiva-nos a consumir produtos que na maioria das vezes não precisamos naquela altura só porque pensamos que vamos poupar. Já reparam que  maioria dos talões de desconto tem um prazo de validade muito curto para serem usados?
Implicitamente dizem: Compre este produto já.

Quantos de nós não sucumbiram já, a uma promoção do supermercado daquelas tipo -  “leve 3 e pague 2” ? E depois vamos  ver e o produto  á venda em unidade fica mais barato do que se comprar-mos o pack de três!  Promoção = gastar dinheiro. Muitas vezes mal gasto!

È difícil resistir? È.
 Se abrirmos os olhos, não.

E quem não tem dinheiro não tem devaneios euristicos. Ou, supostamente não deveria ter!

Então, como podemos  poupar?

Simples. Não gastando.  Gastar apenas o necessário. Fazendo alguns sacrifícios.
Um exemplo simples: se um casal deixar de tomar um café diariamente, ao fim do mês poupa…. 30€.
Se todos os meses pusermos de lado uma nota de 20€, imaginando que não recebíamos essa quantia no ordenado, ao fim do ano serão 240€.
Este dinheiro dá muito jeito numa situação de emergência., quando temos a conta a 0 e  surge uma despesa inesperada – sabe bem ter um fundo a onde recorrer.
Mas sabe ainda melhor desfrutar destas poupanças em algo que nos dê prazer. Alguns anos atrás soube da historia de um senhor que resolveu deixar de fumar e começou a juntar  dinheiro que gastaria como se fumasse na mesma… ao fim de três anos juntou o dinheiro suficiente para comprar um carro a pronto pagamento para o filho e ainda melhorou a sua saúde.

Outra forma de gastar menos  é rentabilizarmos certos produtos  diluindo-os em água: em  certos detergentes e produtos de higiene pessoal se lhes acrescentar-mos um pouco de água não ficam tão concentrados, lavam bem ( ainda melhor) na mesma e rendem mais.
Embalagens plásticas moles de creme necessitam de uma solução um pouco mais radical: depois de bem espremidas ou quando do doseador já não sai nada,  há que as cortar e o resultado será encontrar cerca de ¼ do creme agarrado ás paredes da mesma, que de outra maneira iria parar no lixo.

Uma coisa que me faz muita confusão é a vida da aparência, o mostrar que se tem o ultimo item em moda, nem que para isso a renda da casa esteja por pagar… muitas das pessoas vivem na ilusão do mostrar, do esconder misérias, vivem com vergonha  de pedir ajuda e até de a aceitar.

Poupar / não gastar é fazer escolhas nem sempre fáceis, cortar com o supérfluo,  abdicar de pequenos luxos e descobrir que afinal até conseguimos sobreviver sem net e só  com 4 canais de TV entre outros.

Está na consciência de cada um pensar na melhor forma de rentabilizar o orçamento  mensal, fazer bem as contas, aceitar todas as pequenas ajudas, aproveitar tudo o que for possível e pensar que hoje nada está garantido! E amanhã poderá não ser um dia melhor!
 E o mais importante ; ensinar aos nossos filhos práticas que lhes permitam ter  ferramentas para em caso de necessidade eles as poderem usar.

Agora haja saúde, mente aberta e muita imaginação   para aguentar o que ai vem.

2 comentários:

  1. Está aí tudo. Óptimo post. Eu não acrescentaria rigorosamente mais nada.

    Paula

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  2. Excelente post. Não podia estar mais de acordo...

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