Lembro-me de a minha família ter atravessado um crise bem grande na década de 80, não passei fome, mas a coisa andou muito perto.
A nossa sorte era ter criação e horta no quintal – a roupa era dada ou remendada pela minha mãe, e o meu pai para além do trabalho apanhava todos os biscates possíveis – foram anos duros… que estão a voltar.
A minha família até poderá ter armas para se adaptar melhor aos próximos ventos, porque já passou por algo semelhante, mas, naquela altura havia uma esperança de melhoras que aconteceram, que agora não há. Já não há quintais com galinhas e hortas para a geração mais nova semear. E isto é que é assustador!
No cenário que se avizinha não vamos poupar, não teremos é dinheiro para gastar!
È deveras triste!
Infelizmente, é bem possível, estarmos perante a maior crise com consequências mais graves para a população, de todos os tempos. Esta geração está habituada a que tudo venha dos hipermercados. São raros aqueles que mesmo tendo um pedaço de terra, semeiam algo. Mas esta tendência generalisou-se mesmo aos mais velhos, muito por culpa das políticas de agricultura, que valorizam mais os produtos vindos de fora do que os nacionais.
ResponderEliminarPaula