Tenho andado ausente daqui devido á sobrecarga de tudo e a minha falta de paciência para aturar certas situações familiares está neste momento no limite, penso eu de que….
Penso eu de que… porque a paciência dos pais será infinita, a gente acha que não, mas é. Esta treta toda para dizer que apesar de andar no limbo dos limites, continuo a ficar chocada porque quando leio uma noticia no jornal sobre a devolução de uma criança de 12 anos que ia ser adoptada. Esta noticia não é novidade para mim, eu sei que se continuam a devolver miúdos pelas razões mais estúpidas, eu em certos momentos também devolvia a minha pré adolescente se tivesse para onde… E as perspectivas de as coisas melhorarem não são nada animadoras a avaliar pela amostra.
Não é fácil sermos pais. Não existe manual de instruções; existe a vontade, o amor e sobretudo o querer partilhar a vida com alguém aquém podemos chamar meu filho e aceitar o que de bom e mau tem isso.
Ninguém nasce pai e mãe; aprendemos as ser pais.
Parece que neste caso a criança foi devolvida em menos de um mês porque os candidatos a pais tinham pedido uma criança sem doenças e verificaram que a que lhes calhou “vinha com defeito” tem esquizofrenia… obter um diagnóstico destes em dias e ainda por cima em Agosto é obra!
Amar incondicionalmente alguém é das coisas mais difíceis ; para uns é inato; para outros é através de vivências, de aprendizagens, de algum sofrimento e outros simplesmente não conseguem!
Pessoalmente, acho que somos capazes de amar tanto certas pessoas que só temos consciência disso perante uma adversidade. E o pior disso é sentirmos que gostamos das pessoas, que nos preocupamos, e que elas não imaginam quanto .
Sinto que depois de passar dos quarentas, as minhas capacidades físicas e mentais estão a sofrer lentamente mudanças, e lá por casa não sou o único! Novos problemas de saúde tem surgido e os nervos exagerados por coisas parvas aumentaram.
Tem dias em que me apetecia levar uma anestesia e acordar só depois da tempestade passar.
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